domingo, 4 de novembro de 2012

O velho Vitoriano com cara de Novo

O estilo Vitoriano, de meados do sec. XIX, é o mais presente na arquitetura norte americana até hoje.
Aquele ideal de rua norte americana, com terrenos largos e sem cercados, super arborizados, e que sempre contam com a presença significativa das belissimas casas Vitorianas, foi adotado com muita força no Brasil com o surgimento do Jurerê Internacional em Florianópolis, SC.
O estilo foi tão bem aceito, que algumas construtoras se especializaram no estilo e vem reproduzindo o mesmo com muita força. Porém, no projeto a seguir, nada de regras, mas sim, muita contemporaneidade.

 
Em vez de se firmar nos detalhes decorativos da arquitetura Vitoriana, o projeto buscou traços de inspiração, porém deu prioridade a usos, técnicas, necessidades e leveza.


 
O terreno em aclive, em um condomínio de luxo, permitiu que a casa ficasse bem mais elevada que a rua e permitiu que a piscina com raia e prainha, junto com seu deck ficasse como que suspenso no ar, além de regularizar o terreno sem fazer movimentação de terra.

 
Além disso, permitiu que a garagem para quatro carros, adega e despensa ficassem no subsolo.

 
Na fachada principal, a entrada super elevada leva ao primeiro andar (além do subsolo)

 
Na esquina, a sala de jantar totalmente envidraçada, dá visão para a piscina e deck.

 
Além da alvenaria, vários detalhes em madeira foram acrescentados para dar conforto e sofisticação.

 
A seguir, fotos da casa pronta.


 
Projeto: Arq. Hebert Evaristo
Eng. Responsável: Alessandra S. da Silva
Execução: Alcance - Engenharia e Construções

Meia água

Culturalmente uma construção do tipo "Meia Água" é encarada como uma construção de baixo custo e de ampliação, porém o termo não se relaciona com o conceito adotado.
Na verdade trata-se de uma arquitetura onde toda a inclinação do telhado vai para a mesma direção, ou seja, toda a água da chuva corre na mesma direção.
Essa expressão também é fonte de questionamentos. Isso acontece porque, quando uma casa tem telhado para os dois lados, chama-se "Duas Águas", então o nome correto da arquitetura em questão deveria ser, pela lógica, "Uma Água", porém o termo adotado foi, "Meia Água".
Deixando de lado essas questões, abaixo você vê um projeto de meia água, que põe abaixo qualquer preconceito.
 
 
Trata-se de uma casa com três quartos, sendo uma suite, lavabo, home-theater, cozinha, espaço gourmet, sala de jantar, estudio de música, churrasqueira, garagem para dois carros e mezanino.

 
Além do telhado principal, em meia água, outros telhados foram incluidos para dar mais imponência à casa.

 
Para evitar o escurecimento da garagem, que também servirá de área de lazer, criou-se dois domus vazados na laje para permitir entrada de luz natural.
 
 

 
A cobertura da garagem em estilo contemporâneo, suaviza o excesso de telhados em uma área tão grande. 

 
Como citado, a garagem servirá também de área de lazer. Basta tirar os carros, e o espaço pode receber mesas ou pista de dança para festas. Ambientes multifuncionais são sempre bem vindos para reduzir excesso de área desnecessária.
Uma meia água, pode ser muito chique.
 
Projeto: Arq. Hebert Evaristo
Estudio HL - Arquitetura e Interiores