sábado, 23 de novembro de 2013

CCAA Itapema

Pastilhas, porcelanatos, ACM e luzes compõe a nova fachada da escola de idiomas CCAA Itapema.

 
O "arco" ou pórtico que acomoda a logo com luz indireta em frente a toda a fachada é revestido de porcelanato 50X50 branco e pastilhas vermelhas 10X10 com iluminação em Led. A entrada foi marcada por uma marquise em ACM (alumínio composto) vermelho. Todo o resto da fachada é revestido em pastilha gelo 10X10 e Vermelha 10X10.

 
Janelas em fita cortam a fachada de fora a fora passando por salas de aula e espera.
A amplo recuo possibilitou a colocação de estacionamento para alunos.
 
Com a reforma e ampliação a escola passou a contar com 06 salas de aula, espera, espaço teen, cafeteria, sala de professores, sala de direção, e banheiro para deficientes.

 
Arquiteto Hebert Evaristo e Designer Luiza Fortkamp na festa de 15 anos do CCAA Itapema e comemoração da reinauguração  da escola.
 
Projeto de Reforma e Ampliação: Arquiteto Hebert Evaristo
Estúdio HL - Arquitetura e Interiores

Aqui tudo tem uma segunda chance

No apartamento da artista plástica Iná Gonçalves tudo pode ser aproveitado. Desde de algo que era da avó, até algo que estava numa caçamba de entulho. Porém, a ajuda profissional pode organizar tudo de forma harmoniosa. E veja que aconchego incrível pode ser alcançado.

 
Na sala, a única peça "industrializada" é o sofá. As almofadas são de crochê, mesas, baús e banquinho são reaproveitados, o tapete é feito por artesãos itajaíenses, e a poltrona foi forrada com um tecido lindo de brechó. A coleção de quadros conta com peças feitas pela mão da moradora e fotos de família.

 
Na sacada integrada foi colocado deck para nivelar o piso. Vasos ganharam vida nova, a cadeira de design brasileiro recebeu forração nova, e ganhou uma banqueta Luis XV. A grade na parede foi "salva" de uma demolição na família, e recebeu guirlandas e eras desidratadas feitas pela moradora.
A cortina de gase de linho deixa a luz entrar filtrada.

 
Na cristaleira antiga de família com vidros em ArtDeco a moradora coleciona cerâmicas e lindas porcelanas, algumas com décadas de existencia.

 
A mesa antiga recebeu pintura em laca branca e cada cadeira com uma história diferente recebeu almofada igual para criar homogeneidade. E para chegar até aqui o lustre de porcelana conta com uma história no mínimo inusitada. Confira no fim da Matéria. 
 
 
Ainda, o aparador lateral é feito com pés de máquina de costura antigas, e o rack foi feito com uma mesa de madeira onde muitos pães foram sovados, temperos cortados e tantas outras delícias sobre ela preparadas. Tendo uma visão geral do apartamento, podemos ver que é impossível descrever com detalhes cada peça, são tantos mimos, tantas histórias, que só passeando sem pressa no apartamento para podermos ver cada detalhe.
 
Agora leia a divertida crônica que envolveu a compra e a vinda deste lustre escrita  pela própria artista Iná Gonçalves.
 

SINGULARIDADES
  Dos espaços delimitados por paredes, vazios e impessoais, o lugar onde moramos cria vida e identidade, revelando e retratando nossa identidade.
  Quando escolhidos de modo pessoal, os móveis e objetos contam a história dos moradores, resguardando suas memórias.
  Melhor se, esse lugar sagrado chamado lar, fosse, aos poucos, se compondo, à medida que a ambientação é feita por peças especiais, doadas, herdadas ou encontradas em lugares por onde transitamos.
  Numa das minhas andanças, encontrei o lustre que faltava para a sala de jantar. Entrei no antiquário e lá estava ele, tímido e empoeirado, empobrecido pela falta de muitas partes.
  Olhos fixos na parte central de porcelana floral, nos tons pastel, contornados de dourado. Foi “amor a primeira vista”!
  Dado o encontro, veio a empreitada de situações a serem vencidas: Procurar um restaurador que realizasse o trabalho de sexta para segunda, acertar valores e transporte.
  Dia e hora marcados, lá estava ele imponente de novo, brilhando e iluminando o ambiente e as minhas emoções. Fiquei pensando em como levá-lo para casa.
  Combinado que seria desmembrado apenas em duas partes - central e lampiões, foi embalado com o esmero que merecem as louças e as peças de cristal antigas.
  Hora do primeiro vôo, passagem pelo detector. Não passou na esteira, muito alto. Explicações.
  Chama o responsável, sacode, pressiona, corta o papel bolha. Eu em pânico.
  - Por favor, moço, não detone a embalagem, é apenas um lustre.
  Todos passam, e eu fico de pé e “ele” inerte no balcão. Finalmente me liberam.
  Minha poltrona é à janela. Ajeito os lampiões sobre o banco e tento colocar a outra parte no espaço das bagagens de mão. Não entra de forma alguma.
  Sentada, abraço minha preciosidade. O assento do meio está vago, no outro, há um passageiro.
  Preparativos para a decolagem. Entra a comissária de bordo e pergunta:
  - O senhor está junto com ela?
  Pede que ele ocupe outra poltrona e se dirige a mim:
  - Coloque o volume no lugar da bagagem de mão!
  Minha adrenalina aumenta. Qualquer descuido poderia ser fatal. Levanto e obedeço, sabendo da impossibilidade. Outra ordem:
  - A senhora terá que levá-lo embaixo do banco.
  Vôo lotado e atrasado, todos os olhares se voltam para mim num silêncio total.
  Em uma atividade contorcionista, vou tentando ajeitar os quatro braços do lustre como posso. Todas as manobras foram inúteis. Já de joelhos, não em pose de oração, mas de humilhação, continuo tentando.  A “sargentona” resolve me dar algumas instruções e, sem desistir, encaixo finalmente a minha jóia.
  Como se não bastasse, e penso, com toda razão, ela diz em alto e bom som:
  -Da próxima vez, a senhora despacha pelo nosso serviço de bordo!
  Sem dúvida, ir à loja e escolher um lustre não daria tanto incômodo, porém, não teria o mesmo sabor.
Iná Gonçalves, em 29 de setembro de 2013.